quinta-feira, 6 de agosto de 2015

FIlo Artropoda

ARTROPODES:

O filo Arthropoda é um conjunto muito grande de animais, o maior grupo com espécies descritas. A enorme diversidade de adaptação destes animais permite que sobrevivam em todos os habitats.

Características gerais: Caracterizam-se por apresentarem apêndices corporais dotados de articulações. São animais celomados, triblásticos e com simetria bilateral. Os artrópodes também são segmentados, e esses segmentos corporais possuem uma função especializada.
O exoesqueleto é uma característica marcante dos artrópodes. É uma cobertura corporal formada por um material rígido e impermeável, a quitina.
O tubo digestório é completo, com boca e ânus, e o sistema circulatório é aberto. O sistema nervoso é bem desenvolvido, com cérebro relativamente grande, órgãos sensoriais, que incluem olhos, sensores químicos e tacteis, entre outros.

Estrutura Corporal: O corpo dos artrópodes é dividido em segmentos. Nos animais adultos, porém, os segmentos corporais se fundem, originando os tagmas. Durante o desenvolvimento, porém, ocorre fusão entre os segmentos, formando assim as diferentes formas dos corpos de cada espécie.

Sistema Nervoso: O sistema nervoso dos artrópodes é formado por um cérebro anterior, de onde partem dois cordões ventrais, com gânglios segmentares. Os nervos comunicam o cérebro e os gânglios com os órgãos sensoriais e os músculos.

Apêndices Articulados: Tipicamente os artrópodes têm pares de apêndices em cada segmento, mas ao longo da evolução muitos metâmeros perderam seus apêndices.
Os apêndices locomotores se localizam especialmente nos tagmas intermediários ou nos caudais, e os apêndices especializados na manipulação do alimento e outros essencialmente sensoriais, como as antenas, se localizam na cabeça.

Reprodução: Os artrópodes são, em sua maioria, dióicos e muitos utilizam seus apêndices modificados para a cópula. A fecundação é interna nas formas terrestres, podendo ser externa nas formas aquáticas. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, dependendo da espécie.

Fonte das imagens:
http://slideplayer.com.br/slide/51293/
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Filo Anelideo



ANELÍDEOS:


A origem evolutiva dos anelídeos é seguramente muito antiga. São conhecidos fósseis de animais celomados escavadores com idade estimada em mais de 1 bilhão de anos. Fósseis claramente pertencentes a anelídeos, porém, surgiram no Cambriano, há pouco mais de 500 milhões de anos.

Características gerais: Os anelídeos caracterizam-se por possuírem celoma verdadeiro, simetria bilateral, sistema circulatório fechado, sistema digestivo completo e por serem triblásticos.

Organização corporal: O corpo dos anelídeos é dotado de segmentos com cerdas, estruturas duras e pontiagudas, dispostas nas laterais na maioria das espécies. Possui boca, localizada na extremidade anterior, e ânus, localizado no último segmento. A parede corporal é dotada de cutículas e de uma camada de músculos.
     Esqueleto: o esqueleto é do tipo hidrostático, ou seja, a força muscular age em cada segmento corporal individualmente, possibilitando movimentos mais coordenados.

Classe dos Poliquetos:

Os representantes desta classe são principalmente marinhos e vivem enterrados na areia.

Funções Corporais: Essa classe dos anelídeos caracteriza-se pela presença de numerosas cerdas nos segmentos corporais. Tem cabeça diferenciada, com órgãos sensoriais especializados. Possuem cérebro, de onde partem cordões nervosos ventrais.
Os Poliquetos Predadores capturam pequenos invertebrados;
Os Poliquetos filtradores capturam partículas de material nutritivo;
Os detritivos, por sua vez, ingerem matéria orgânica encontrada no substrato.

Reprodução:
--> A maioria dos Poliquetos apresenta sexos separados.
--> Muitas espécies não têm órgãos reprodutores permanentes.
A fecundação é externa, e o desenvolvimento é indireto, ou seja, do zigoto surge uma larva ciliada, microscópica e livre-natante, denominada trocófora.

Classe dos Clitelados:
Os Clitelados caracterizam-se por possuírem sistemas reprodutores permanentes e dotados de clitelos, uma região formada por segmentos mais espessos na região anterior do corpo.
  Subclasse dos oligoquetos: o nome refere-se à escassez de cerdas na superfície corporal. Reúne as minhocas e os minhocuçus.

Organização Corporal: A parede corporal de um oligoqueto é revestida por uma fina cutícula produzida pela epiderme.
  A estrutura do sistema nervoso dos oligoquetos conta com órgãos sensoriais, que incluem receptores tacteis, químicos e às vezes ocelos. Em geral, essa subclasse evita a luz.
  O sistema excretor é composto de metanefrídeos segmentares. São tubos que se abrem em funis ciliados, atravessam o septo e continuam por outros segmentos. A extremidade oposta ao funil abre-se na parede do corpo, em um poro lateral.
  Nos oligoquetos existe uma moela, utilizada na trituração de alimentos. Em geral eles ingerem o solo ou sedimentos enquanto escavam galerias. Ao passarem pelo tubo digestório, os compostos orgânicos que esse material contém são digeridos e absorvidos. Os restos são expelidos e contribuem para a fertilização dos solos.

Reprodução: Os oligoquetos são hermafroditas. Os gametas são liberados pelos poros genitais, que se abrem na superfície do corpo do animal.
  Durante a cópula, os parceiros emparelham-se para receberem os espermatozóides um do outro. Após a separação dos parceiros, o clitelo produz um muco, que é conduzida até a extremidade anterior. Esse deslocamento é importante pois a bolsa de muco passa sobre os poros genitais femininos, onde recebe óvulos e os combina com os espermatozóides armazenados. A fecundação ocorre dentro dessa capa.


Fonte das imagens:
http://a66c7b.medialib.glogster.com/media/5d/5d918e545e450067988c2bf69b38042e80721871664d1f99ae5e9cf4b5bb1323/3337689204-2c487068a9-jpg.jpg
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Filo Mollusca

O grupo dos moluscos incluem animais com concha (como ostras e caracois) ou sem concha (como lesmas e polvos). Apresentam cavidade corporal interna do tipo celoma, distinto do pseudoceloma dos vermes do filo nematelmintos. O tamanho varia muito, sendo alguns milimétricos e outros com tamanhos consideráveis, alcançando mais de 20 metros de comprimento.

Os moluscos são triblásticos e celomados, apresentam simetria bilateral e cefalização. O corpo de grande parte dos moluscos pode ser dividido em: cabeça, que abriga o encéfalo e os principais órgãos sensoriais; pé, musculoso e adaptado à locomoção; e massa visceral, que abriga órgãos corporais (estômago, coração e órgãos reprodutores e excretores).

Recobrindo a massa visceral na região dorsal do molusco, encontra-se o manto, ou seja, tecido que produz a concha. Por sua vez, a concha serve de proteção e contra desidratação. Caracois univalves tem a concha formada por uma peça única, a valva. Ostras e mexilhões tem a concha formada por duas valvas articuladas, ou seja, são animais bivalves. Em alguns animais, ainda, a concha é interna e formada por um material parecido com a cartilagem. Desse modo, não serve como proteção, mas auxilia na manutenção do formato hidrodinâmico desses animais. Nos polvos e lesmas, não há concha.


- Nutrição e Sistema Digestório: os moluscos podem ser herbívoros, predadores ou filtradores. Nos dois primeiros casos, a boca tem uma estrutura chamada rádula, usada na raspagem da superfície do substrato, retirando alimentos. Moluscos filtradores (mexilhões, por exemplo) não possuem rádula, logo, capturam partículas de alimento em suspensão na água.

- Respiração e Circulação: os moluscos, em sua maioria, possuem sistema circulatório aberto, porque o sangue que circula pelo corpo nem sempre está presente em vasos, mas flui também através de cavidades corporais. O único grupo que apresenta um sistema fechado é o dos cefalópodes (lulas, polvos) porque o sangue desses moluscos sempre está no interior dos vasos.

- Excreção: a eliminação de resíduos metabólicos, na maior parte dos moluscos, ocorre através de um ou mais pares de rins, os metanefrídios. Os fluidos corporais passam do celoma para o interior desses rins, onde substâncias úteis são reabsorvidas e os que contêm amônia ou ácido úrico, são eliminados pelo poro excretor.

- Sistema Nervoso e Sensorial: o sistema nervoso é formado por uma série de gânglios nervosos na cabeça, ligados a cordões nervosos longitudinais ventrais, interligados por nervos transversais. O sistema nervoso é mais desenvolvido em polvos e lulas, com um grande cérebro na região cefálica.

- Locomoção: o pé dos caracóis é bastante musculoso e promove o deslocamento do animal mediante ondas de contração, facilitado pela secreção de um rastro mucoso lubrificante. As ostras utilizam o pé achatado para escavar ou ancorar. O pé é reduzido nos bivalves sésseis. No entanto, outros moluscos são capazes de se deslocar na água por propulsão a jato, realizada por uma série de movimentos que consiste em abrir e fechar a concha. As lulas são os invertebrados aquáticos mais velozes. A cavidade do manto é preenchida com água e esta é expelida em rápidos movimentos, provocando, assim, um efeito de propulsão a jato. Embora capazes de utilizar a propulsão a jato, os polvos em geral deslocam-se por meio de seus longos tentáculos rastejando sobre o fundo do mar.

- Reprodução e Desenvolvimento: podem ser hermafroditas ou não. A fecundação pode ser externa (ostras e mexilhões, por exemplo) ou interna (maioria dos caracóis, polvos e lulas). O desenvolvimento dos moluscos pode ocorrer de forma direta ou indireta, com um estágio larval livre-natante e ciliado.


CLASSIFICAÇÃO DOS MOLUSCOS

Classe Gastropoda
Grupo mais numeroso, que inclue aproximadamente 62 mil espécies entre caramujos, lesmas e caracóis. A maior parte desse classe consiste em animais marinhos, mas há também espécies terrestres e de água doce. A concha é formada por uma única peça espiralada. Porém, algumas espécies não apresentam concha, como as lesmas.


Classe Bivalvia
O segundo grupo com maior diversidade de moluscos, possuindo aproximadamente 10 mil espécies, entre mariscos, ostras e mexilhões. Têm o corpo achatado lateralmente, são adaptados a um modo de vida séssil, utilizam a filtração e apresentam determinados órgãos e sistemas reduzidos em relação a outros moluscos.


Classe Scaphopoda
Existem cerca de 375 a 600 espécies diferentes de moluscos escafópodes viventes. Caracterizam-se pela concha tubular, com as duas extremidades abertas e ligeiramente curvada. Não tem olhos e possuem pequenos tentáculos que os utilizam para capturar alimentos.


Classe Aplacophora
Moluscos desprovidos de conchas e podem apresentar espículas ou escamas calcárias secretadas pea epiderme. Grupo formado por cerca de 320 espécies diferentes. Muitas delas vivem enterradas em fundo arenoso ou lodoso dos mares e alimentam-se de microrganismos. Outras, ainda, vivem sobre cnidários e alimentam-se destes.


Classe Cephalopoda
Esse grupo possui populações abundantes nos mares, incluindo alguns dos moluscos mais conhecidos, como polvos, sibas e náutilos. Classe formada por aproximadamente 800 espécies distintas. Podem não conter concha; podem contê-la, porém sendo interna e reduzida; ou esta pode ser externa e espiralada, como as encontradas nos náutilos.


Classe Monoplacophora
Possuem concha formada por uma peça única, recobrindo o corpo dorsalmente. Localizado ventralmente, o pé apresenta formato discoidal. Apresentam cabeça pequena e não possuem olhos. São moluscos de tamanho reduzido, não ultrapassando os 3 cm de comprimento. Os animais dessa classe vivem nos sedimentos de águas profundas.


Classe Polyplacophora
São popularmente chamados de quítons. Possuem o corpo alongado e achatado, com um pé bem desenvolvido. Constituem uma classe com aproximadamente de 650 a 800 espécies e são somente animais marinhos, vivendo em todas as profundidades. A classe possui esse nome por apresentam concha formada por oito placas dorsais.


Fonte das imagens:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/moluscos.php
http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/47947970/Classe%20Gastropoda
http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/47947816/Classes%20do%20Filo%20Mullusca
http://www.oocities.org/maquaticos/moluscos.htm
https://sites.google.com/site/sitevoltadoaoensinodebiologia/reinos-da-natureza/reino-animalia/filo-mollusca---moluscos
http://www.colegioweb.com.br/moluscos/classe-cephalopoda.html
http://sermolusco.blogspot.com.br/2011/09/diferencie-classe-monoplacophora-da.html

Filo Nematoda

Animais com corpo alongado, cilíndrico e não segmentado, apresentando extremidades afiladas e cutícula (cobertura protetora).


A simetria dos nematelmintos é bilateral, com uma região anterior, cefálica, onde se localiza a boca. O corpo é coberto por uma cutícula flexível muito resistente, produzida pela epiderme, composta principalmente de colágeno. A musculatura da parede corporal é formada apenas por fibras longitudinais. São organismos pseudocelomados.

A cutícula dos nematoides forma uma camada protetora e impermeável, que lhes possibilita viver em ambientes hostis, como solos relativamente secos , ou no interior do tubo digestório de outros animais. O pseudoceloma corresponde ao espaço existente entre a camada muscular, de origem mesodérmica, e o tubo digestório, de origem endotérmica. É um espaço preenchido por líquidos corporais onde se alojam órgãos.


- Digestão: inauguram o sistema digestório completo, composto por um tubo com boca na região anterior e ânus na região posterior. Após a boca encontra-se a faringe musculosa que efetua sucção do alimento, bombeando-o para o intestino. Alimentam-se dos produtos pré-digeridos pelos hospedeiros (parasitas), mas há também espécies carnívoras.

- Excreção: possuem uma célula especializada que retira as toxinas e o excesso de água do fluido corporal. Os resíduos são eliminados por meio de um poro excretor ventral. A principal excreta desses animais é a amônia.

- Sistema Nervoso: possuem dois cordões nervosos (um dorsal e um ventral) que percorrem longitudinalmente todo o corpo do animal. Esses cordões nervosos se ligam na região anterior a um anel nervoso. O cordão nervoso dorsal é responsável pela função motora, enquanto a ventral é sensorial e motora.

- Respiração e Circulação: não possuem sistema respiratório. A respiração é cutânea ou por difusão. Também não possuem sistema circulatório. A circulação de gases, nutrientes, etc, é feita pelo líquido do pseudoceloma.

- Reprodução: a maioria apresenta sexos separados e fecundação interna. Após a fecundação, os ovos são eliminados pelo poro genital da fêmea. Apresentam larva.

Fonte das imagens:
http://www.ufrgs.br/projetoamora/areas-de-conhecimento-1/ciencias/vermes
http://nematobrasil.blogspot.com.br/2011/08/importancia-dos-nematoides-em-processos.html

Filo Platelminte

1) Estrutura corporal:

O corpo é constituído por três camadas. Primeiramente, há a epiderme uniestratificada. Abaixo, há duas camadas musculares, sendo a primeira composta por músculos circulares e a segunda por músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se o nome de tubo músculo-dermático. Tal tubo atua na proteção, locomoção e como esqueleto.

2) São triblásticos, não apresentando celoma. Sendo achatados por não possuirem sistema circulatório, tendo então as células próximas ao meio externo (para respirar) e próximas ao sistema digestório (para obter nutrientes)

3) Os platelmintos que não parasitam outros animais apresentam cílios, que ajudam na locomoção. Aqueles que são parasitas apresentam uma cutícula envolvendo seu corpor, que lhes permite sobreviver à acidez dos sucos digestivos.

4) O sistema nervoso é o primeiro a existir nos animais, sendo constituido por dois gãnglios cerebrais que se ramificam para o corpor, sendo que tais gânglios são apenas fotosenssíveis.

5) Reprodução: 
Geralmente são hermafroditas (podendo ou não fazer a autofecundação) sendo que alguns se reproduzem por partenogênese.  Os platelmintos de menor porte podem se dividir por fissão(também chamada debipartição). As planárias sofrem fissão longitudinal, e cada metade se regenera e forma uma nova planária. Trata-se de uma forma de reprodução assexuada. Os platelmintes também podem realizar reprodução sexuada. Novamente como exemplo as planárias, elas se unem e trocam semens masculinos podendo assim fecundar.

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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Filo Cnidária

Características:

1) Estrutura corporal:
- Célula nutritivo-muscular: reveste a camada gastrovascular, sendo capaz de contrair-se, contendo vacúolos digestivos;
- Célula nervosa: recebe estímulos das células sensoriais e os repassa para as células capazes de contração;
- Célula glandular: secreta enzimas digestivas;
- Célula epitéliomuscular: forma a cobertura corporal e é capaz de contração;
- Célula intersticial: totipotentes, pode dar origem a outros tipos de células;
- Célula sensorial: recebe estímulos do ambiente;
- Cnidócio: célula urticante.
2) Possuem simetria radial;

3) São diblásticos, possuindo epiderme (camada externa) e gastroderme (camada interna). Existindo entre eles a mesoderme, de material amorfo que é espesso no corpo e afina nos tentáculos, havendo nela diversas ramificações de tipos celulares, estabelecendo contato com as duas camadas.

5) Vivem fixos no substrato ou com locomoção limitada, podendo usar suas células musculares para cambalhotar, ejetar jatos de água ou se mover de maneiras variadas.

4) Reprodução:
No caso das cnidários, o único óvulo produzido é retirado do ovário. Os espermatozóides são liberados na água e vão a procura do óvulo. A fecundação ocorre no corpo da hidra, em que o zigoto formado é circundado por uma espessa camada quitinosa e, após certo tempo de desenvolvimento, o embrião, envolto pela casca protetora, destaca-se do corpo da hidra e permanece dentro da casca durante toda a época desfavorável. Com a chegada da estação favorável, rompe-se a casca e emerge uma pequena hidra que cresce até atingir a fase adulta, não havendo estágio larval. Ocorrendo-se também a reprodução por brotamento, em que não ocorre variação genética. Algumas espécies possúem períodos maiores ou menores no estado de medusa. 



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Filo Porífera

Características:

1) Estrutura corporal:
-Porócitos: Formam canais do exterior para o interior do organismo;
-Amebócitos: Células importantes para o crescimento corporal, digestão, transporte de nutrientes, secreção de elementos esqueléticos e reprodução. São capazes de diferenciar os tipos celulares das esponjas;
-Coanócitos: Células flageladas, geram o movimento da água nas esponjas com o mover dos seus flagelos;
-Pinacócito: Células achatadas que revestem a esponja, revestindo também os canais das esponjas siconoides e leuconoides;
-Espículas: Peça esquelética de formas distintas, sustentam o corpo da esponja.

2) Não possuem folhetos embrionários, nenhum tecido;

3) Apresentam movimento apenas no caso de reprodução de gemulação ou quando desconectados pela corrente. vivem fixos em substratos;

4) Vivem em diversos ambientes marinhos, predominando nas zonas litorâneas com fundo rochoso;

5) Reprodução:
Esponjas possuem grande poder de regeneração, podendo até gerar em uma nova esponja a partir de pedaços. Tudo isso de forma assexuada, podendo ocorrer através de gemulação ou gemiparidade (processo de reprodução no qual ocorre a formação de gemas, que após se separarem deste, desenvolvem-se dando origem a novos indivíduos), e também por fragmentação (processo no qual o corpo do da esponja é quebrado em vários pedaços, onde cada uma destas partes é capaz de se regenerar individualmente até assumir forma semelhante ao original).

Fonte das imagens:

Cladograma das apomorfias no Reino Metazoa


Fonte:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9RFC1eypCB4Q6Eq2plczf90iwrvFa54O6sbgck3tkh6pP-kmLmEne3CH0zqIjSsk5BKCq2NhkltouDhliAHZvuear_iUoQX5QnqAhmXl05JmjOizhgg0e3oojej_hJaXsK7H1zhb02r4/s1600/fig5.jpg

Embriologia

Em geral, os animais possuem uma diversidade considerável de desenvolvimento embrionário, porém, de um modo geral, ocorrem três fases consecutivas:

- Segmentação: aumento no número de células, porém não apresenta aumento no volume do embrião como um todo porque as divisões celulares ocorrem de forma muito rápida.

- Gastrulação: quando o aumento no número de células resulta na expansão do volume total do embrião. É nessa fase que tem início a diferenciação celular e acontece a formação dos folhetos embrionários que originarão os tecidos do animal.

- Organogênese: é na organogênese que ocorre a diferenciação dos órgãos no indivíduo.




As etapas do desenvolvimento embriológico são as seguintes:

1. O zigoto de um animal sofre uma série de divisões celulares mitódicas chamadas de clivagem

2. Um embrião de 8 células é formado por 3 rodadas de divisão celular.

3. Na maioria dos animais a clivagem resulta na formação de um estágio multicelular chamado de blástula, uma bola oca de células que circunda uma cavidade chamado de blastocele.

4. A maioria dos animais também sofre gastrulação, processo no qual uma das extremidades do embrião se dobra para dentro e por fim preenche a blastocele, produzindo camadas de tecidos embrionários: o ectoderma (externo) e o endoderma (interno).

5. A bolsa formada pela gastrulação, chamada de arquêntero, abre-se para o exterior através do blastóporo.

6. O endoderma do arquêntero vai originar os tecidos que circundam o trato digestório.

- Blastóporo: abertura do arquêntero para o exterior do embrião que, na fase embrionária da gastrulação, origina a boca ou o ânus. Na maioria dos invertebrados, dá origem à boca (protostômios). Porém, nos equinodermos e cordados, origina o ânus e uma outra abertura formada depois dará origem à boca no animal adulto (deuterostômios).

- Folhetos Embrionários: a invaginação da ectoderme faz surgir, além do arquêntero e do blastóporo, um espaço entre as duas camadas de células, os folhetos embrionários. A gástrula tem dois folhetos: a ectoderme e a endoderme. Os cnidários apresentam essa constituição e, por isso, são diblásticos. Poríferos não tem tecidos. Nos demais filos, há uma terceira camada de células que se interpõe aos dois folhetos: a mesoderme. Esses animais, com três folhetos, são denominados triblásticos.

Fonte da imagem:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/embriologia/reproducao7.php

Teorias para a origem do Reino Metazoa

*Dentro do tópico Reino Metazoa têm-se em questão a origem dele, as teorias mais impostantes para tal são estas:

1) Teoria Sincicial-Hadzi e Hanson (1950):
Nela é dito que um protista multinucleado, ciliado e bilateralmente simétrico originou outra criatura achatada, com semelhante aos platelmintos, com mudanças estruturais decorrentes da evolução. Essa teoria não é muito apoiada.
                                            

2) Teoria simbiótica:
Ela diz que um procarioto fermentador primitivo sofreu diversas invaginações e estabeleceu relações com outros procariontes que se juntaram a principal em seu interior. Com o tempo as células em seu interior passaram a funcionar como organelas.
                                 

3) Teoria colonial - Haeckel (1874):
Proposta por Ernst Haeckel, tem como base um protista flagelado colonial - coanoflagelado, que teria se associado com outras células, formando uma colônia esférica de células com orientação locomotora anterior/posterior. 
                               


Fonte das imagens:

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Reino Fungi


Reino Fungi

CARACTERÍSTICAS GERAIS

  • Eucariotos, com um ou mais núcleos. 
  • Se desenvolvem em locais com grande presença de material orgânico e umidade. 
  • Podem ser pluricelulares ou unicelulares. Os fungos pluricelulares, possuem o talo que é denominado micélio. Este micélio é composto por filamentos (hifas). 
  • Os fungos não possuem clorofila em suas células, sendo assim não realizam fotossíntese. 
  • A nutrição dos fungos é heterotrófica, ou seja, não sintetizam o próprio alimento dependendo de nutrientes obtidos através de matéria orgânica. Porém, os fungos não ingerem tal matéria, mas obtém seus nutrientes através de um processo de absorção. A digestão é extracorpórea, ou seja, eles liberam enzimas que digerem a matéria orgânica e só depois deste processo os nutrientes são absorvidos. 
  • Podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada. Exibem reprodução sexuada e/ou assexuada de diversas formas bem como fenômeno da para sexualidade 
  • A reprodução através de esporos também é muito comum em várias espécies de fungos. 
  • Armazenam glicogênio. 
  • Parede celular constituída principalmente de quitina. 
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS




  Citridiomicetos: uni ou pluricelulares, os fungos deste filo são encontrados em ambientes aquáticos. Não apresentam quitina em sua parede celular, que é constituída apenas por celulose e glicanos (polissacarídeos). Esses organismos podem ser sapróbios, se alimentam de cadáveres de plantas e animais, ou parasitas.





Exemplo de fungos do Filo Chytridiomycota. Fonte: google.com/images

Zigomicetos – vivem no solo, formam esporos flagelados e menos frequentemente ocorre a reprodução sexuada sem formação dos corpos de frutificação. Nesse grupo, encontram-se os fungos que se associam com as raízes formando as micorrizas, envolvidas na produção do molho shoyu, hormônios anticoncepcionais e medicamentos anti-inflamatórios.




Bolor


Fonte: google.com/images

Ascomicetos – formam o asco, estrutura produtora de esporos. O principal modo de reprodução dos ascomicetos é o assexuado, sendo por brotamento nos seres unicelulares e por esporulação nos pluricelulares, que na extremidade das hifas formam-se os conidióforos, estruturas que formam esporos denominados conídios. Nesse grupo, encontram-se as leveduras, os fungos que produzem a penicilina, alguns desses associam-se às algas formando os líquens, alguns atacam cereais como Claviceps purpúrea e a ingestão do mesmo causa ergotismo, provocando alucinações, convulsões, espasmos nervosos e até a morte.




Fonte: google.com/images

Basidiomicetos – são os mais conhecidos como os cogumelos e orelhas-de-pau, alguns são comestíveis, entretanto outros contêm substâncias alucinógenas, outros atacam vegetais causando a doença denominada ferrugem. Embora possam se reproduzir assexuadamente, a reprodução sexuada é a mais frequente, onde duas hifas diploides fundem-se e formam hifas dicarióticas que crescem e formam o corpo frutífero (chapéu), chamado basidiocarpo. Na parte inferior dessa estrutura, as hifas fundem-se formando núcleos diploides que sofrem meiose, originando quatro núcleos haplóides que se direcionam para a ponta da hifa que cresce e forma uma projeção denominada basídio que irá originar os esporos chamados basidiósporos, que germinam e reiniciam o ciclo.
Deuteromicetos – são também denominados fungos imperfeitos, pois não realizam reprodução sexuada. Muitas espécies são patogênicas como é o caso daqueles que causam a fieira, candidíase, sapinho, dentre outras.

MORFOLOGIA

Os fungos pluricelulares são constituídos pelos corpos de frutificação, que correspondem à parte visível do cogumelo, responsável pela reprodução do fungo e o micélio que são vários filamentos, em que cada um é denominado de hifa. As hifas podem ser cenocíticas, possuem um citoplasma plurinucleado. Alguns fungos mais complexos apresentam hifas septadas (divididas), onde cada septo pode ter um (monocariótica) ou dois núcleos (dicariótica). A parede celular é formada de quitina.



REPRODUÇÃO NOS FUNGOS

Reprodução Assexuada

Fragmentação: A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.


Brotamento: Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.


Esporulação: Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo, ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo, bolor etc. Para a produção desse tipo de esporo a ponta de uma hifa destaca-se do substrato e, repentinamente, produz centenas de conidiósporos, que permanecem unidos até serem liberados.




Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada requer a fusão de duas hifas haplóides, quando isso não ocorre, originam-se hifas geneticamente distintas denominadas dicários.


quarta-feira, 18 de março de 2015

Regras de nomenclatura biológica

Com o objetivo de seguir um padrão na documentação e oficialização de descobertas, foram criadas regras para dar nomes à espécies, as quais são muito simples:

1) Nomes de especies devem ser binominais, sendo descritas por um nome genérico e um nome específico.

2) Deve ser escrito em latim o nome.

3) O gênero (primeiro nome) deve ser escrito com inicial maiúscula e o segundo nome, com inicial minúscula.

4) Quando manuscrito deve ser sublinhado, e quando digitado, em itálico.

                                                

Fonte da imagem:
 http://www.brasilescola.com/biologia/nomenclatura-binomial.htm

Classificação biológica

A classificação biológica consiste em agrupar seres vivos, extintos ou não, de acordo com as características fisiológicas, morfológicas e pelo parentesco.

-Tales de Mileto -> A primeira ideia de classificação veio com Tales, em V a.C., que definiu o coeficiente de adaptabilidade (W), que quanto maior, mais adaptado ao ambiente em que vive o ser está.

                                                            

-Platão -> Discípulo de Tales, Platão foi o primeiro a propor classificações em sí, em IV a.C.. Ele propusera a divisão por espécies, sendo dividido e acordo com a semelhança física. Ele acreditava na existência de dois mundos: o mundo natural, composto por o que vemos, e o mundo "sobrenatural", em que ficavam todas as ideias e lá que ficariam tudo que já estava feito e para ser feito. Suas classificações baseavam-se na existência desses mundos.
                                                   

-Aristóteles -> Aluno de Platão, criou mais categorias e níveis de classificação do que o seu antecessor, em III a.C.. Sendo mais realista que os pensadores anteriores (não acreditava em mundo das ideias), continuou utilizando o termo espécie para a menor unidade de divisão (dividia inclusive cada tipo de cavalo, ou homens de diferentes regiões, por exemplo). Após espécie, viria gênero, que consistia em uma breve generalização de acordo com as semelhanças. E por último reino, sendo dividido em: Animais (do latim anima, para ser com o fôlego vital/alma), Vegetais (seres com alma vegetativa) e Minerais (Seres com ausência de vida, inorgânicos). Sendo que tais classificações foram utilizadas até o século XVIII.
                                                      


- Carolus Linnaues -> Botânico sueco, após a série de descobertas depois das classificações feitas por Aristóteles, ele, em 1735, propôs novas categorias taxonômicas, baseadas nos critérios morfológicos, fisiológicos e de parentesco
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As categorias propostas por ele, usadas até hoje, são as seguintes:






Fonte das imagens:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm28/tales.htm
http://www.estudopratico.com.br/ceticismo-e-dogmatismo-na-filosofia/
http://universoracionalista.org/pre-socraticos/
http://blog.tonge-moor.bolton.sch.uk/year6/2015/01/28/carl-linnaeus-what-do-you-know/
https://nossomeioporinteiro.files.wordpress.com/2011/11/untitled-456.jpg